As Aparições de Jacareí SP Brasil
Ajuda-nos a
compreender a grande importância da vida dos Santos em nossa vida. Segue aqui
um capitulo do Livro
Onde o vidente
Marcos Tadeu nos relata a vida deste grande Santo do qual já recebeu algumas
mensagens que seguirá logo abaixo deste capitulo do livro. Tenho a grande honra
de dar a conhecer ao mundo através deste blog:
CAPÍTULO XXIX
“TEMPO PARA CALAR”
Numa carta, de seu
pequeno quarto, no convento de Pagani, Santo Afonso lança a seus religiosos um apelo
fremente e que vale por um desafio. Veja, por amostra, este trechinho:
“Pagani, 27 de
Julho de 1752.
Meus caros
confrades
Padres e irmãos em
Jesus Cristo,
Peço-vos e, para
que compreendais a importância desta minha recomendação, eu vos prescrevo, em
virtude da santa obediência, que cada dia, na oração e na ação de graças,
peçais a Jesus Cristo, nosso Mestre desprezado, a força de suportar todas as
humilhações sem perder a calma e a alegria interior. Os mais fervorosos dentre
vós pedirão mesmo a graça de serem desprezados por seu amor.
Pe. Afonso Maria
de Ligório
Reitor-Mor
C.Ss.R.”
Um destinatário
A circular do Santo Fundador dos Redentoristas chega a
Deliceto, e o Irmão Geraldo vai viver tudo ao pé da letra, como é de seu
costume. Eis sua oração:
“Senhor, meu mestre desprezados e aviltado, concedei-me o
favor de sofrer o desprezo e a humilhação por Vós!”
Este foi o seu pedido na ação de graças de cada dia, este o
pensamento insistente nas vigílias noturnas diante do Santíssimo Sacramento, esta
a idéia que não o abandonava mesmo quando, à noite, estendia-se sobre seu
colchão, recheado de pedras e felpas de madeira, para um breve descanso. Prece
repetida por semanas, meses, dois anos a fio, fervorosa, confiante...
- “Eu os que pedem” (Lc 11,10).
Geraldo foi atendido. Começou
Seu duro Calvário, e ele se tornou como o vermezinho
esmagado pelos pés do caminhante.
No pandemônio
Quem andava
furioso, maquinando uma investida contra ele, era Satanás. Por isso, convocou uma assembléia infernal para concertarem
a guerra que lhe moveriam. Na hora aprazada uma assembléia da diabada toda se
fez presente no “Grande Conselho do Mestre da Perdição” que abriu a sessão
urrando:
“Agora é demais! Este irmão Geraldo ultrapassa todos os
limites”.
“Chega! Não podemos mais tolerá-lo! Imaginem! Agora ele deu
para virar a cabeça e o coração das moças...”
“Bravo! Bravíssimo, Satanás! Hurra! Desta vez acertaste...”
“Idiotas! Não é isto que imaginam, porcos indecentes!
Geraldo enfeitiça as donzelas é com o amor por seu Deus. E, assim, as afasta
dos deleites carnais que é a ocupação costumeira dos seres humanos, que é o
assunto de suas novelas, que enche seus romances, revistas e canções... e também
o inferno! Contra Deus nada podemos, mas tentemos contristá-lo, arrastando para
cá seus estúpidos humanos, muito amados!”
“Hurra! Isso mesmo!”
“Mas este magricela nos tira muita gente...”
“Então, fora com ele!”
“... e enche os mosteiros e conventos com moças dedicadas
só ao serviço de seu Deus...”
“Maldição!”
“Querem um exemplo?... Não; não tem mais conta o número de
donzelas que estão pedindo admissão no mosteiro das Beneditinas de Corato, de
Calitri e Atella. Também no Mosteiro do Santíssimo Salvador de Foggia! E até no
Carmelo de Ripacândida! Agora mesmo, três filhas de Benito Grazioli acabam de
ser admitidas lá. Este “gato empestado” foi quem as levou. Vejam só: numa
jogada de rede ele apanhou três moças para o Mosteiro de Saragnano...”
“Amaldiçoado!”
“E tem mais: doze moças da família Cappucci. Doze! Ouviram,
seus papalvos duma figa: Doze moças vão entrar para o Mosteiro do Santíssimo
Salvador em Foggia a conselho deste tísico, muito mais ativo que vocês todos,
corja de mandriões do inferno!”
“À morte! Morra o Irmão Geraldo! Destruição para o nosso
inimigo!”
“Tolos e cretinos! Que nos adianta sua morte?...
Experimentem fazer alguma coisa contra ele, e verão o que é bom! Este Irmão
Geraldo com a sua Santíssima Trindade obrigará vocês todos a ajudá-lo a carrear
mais moças para os mosteiros!...”
Pela primeira vez fez-se silêncio nas moradas infernais,
pois todos entenderam que esta era uma verdade, confessada pelo “pai da
mentira”.
Foi aí que um diabo, chefão matreiro e experimentado na
vida dos que se consagram a Deus, ergueu
a ponta do rabo pedindo a palavra. E fez a proposta:
“Tenho experiência nestes casos. O que podemos fazer é
sujar o nome do Irmão Geraldo, desonrá-lo, arrastá-lo na lama e pela rua da
amargura!...”
“Mas como?”
“Muito simples, imbecis! Os humanos têm um ditado que diz:
‘O que o demônio não pode, uma mulher, quase sempre,
consegue’.
Procuremos uma mulher!”
E a diabada, voltando-lhe o traseiro saudou-lhe a proposta
com vibrante clarinada, fazendo do reto trombeta.
Uma mulher
-E quem foi a eleita de Satanás?
Chamava-se Néria Caggiano. Foi uma das que entraram para o
Mosteiro do Santíssimo Salvador em Foggia. Como para tantas outras, Geraldo
ajudou-a angariando-lhe o dote requerido.
-E então?
Passando o entusiasmo da entrada apagou-se o fogo de palha
e ela começou a mostrar-se: era invejosa, inconstante, intrigante, muito
soberba...
- E permaneceu quanto tempo?
Poucas semanas foi o bastante. A “ventoinha” retornou a
Lacedônia, seu torrão de nascimento.
- Donde nunca devia ter saído!
Voltando à sua casa teve de enfrentar a onda de fofocas que
soem acontecer nesses casos. De início ela se fechou, muito despeitada com o
insucesso.
- Mas o orgulho feminino não aceita estas situações...
Pouco a pouco ela foi “excogitando” explicações:
“É o conservatório”...
- Que é isso?
Assim se chamava o educandário para meninas adolescentes,
fundado por Madre Celeste, em Foggia.
-Então continue!
Néria está com a palavra!
“... é o conservatório de Madre Maria Celeste! Ali se vive
o maior relaxamento que já vi. Não aguentei! As monjas fazem isso... e mais
aquilo...”
-E acreditavam nela?
Você sabe: os mexericos sobre a vida religiosa sempre
encontram ouvidos complacentes. Mas, pouco a pouco, veio a reação em forma de
dúvida:
“Se o mosteiro de Foggia está tão relaxado, como se explica
que um homem santo, como o Irmão Geraldo, o tenha em tanta estima, e aconselhe
tantas moças a abraçar a vida religiosa ali?”
Aí Néria, meneando a cabeça e imprimindo à voz um tom de
escandalizada, ripostava:
“Irmão Geraldo, hein!... É porque não conhecem este tal de
Irmão Geraldo!... Sujeitinho baixo... ordinário, está ali... um fingido sob
hábito religioso! Eu é que sei...”
As insinuações foram crescendo, a cizânia foi brotando, até
o momento em que ela julgou chegado para a cartada decisiva: difamar de maneira
soez o Irmão Geraldo.
-E ganharia o quê?
Não seja ingênuo! Néria sabia muito bem que Geraldo seria
expulso de sua Congregação, seria difamado, e, de cambulhada, atingiria as
monjas de Foggia. Elas e Geraldo perderiam a credibilidade, e ela, Néria, teria
sua vingançazinha.
-Trama bem urdida!
Para melhor efeito ela procurou um cenário eclesiástico
dentro do sacramento da penitência.
-Cruzes! Caluniar os outros na confissão?!
É difícil parar, quando se começa a descer!
-Imagine! Só para se fazer acreditada!
Ainda mais: O Pe. Benigno Boaventura, confessor de Néria,
era homem sério, muito estimado pelo clero da Diocese e muito amigo de Santo
Afonso.
-Instrumento de vingança para uma despeitada orgulhosa!...
Certo dia:
“Padre, daí-me vossa bênção, porque pequei. Já faz alguns
meses que deixei o Conservatório de Foggia... mas isso me vem pesando na
consciência. Hoje resolvi falar-lhe, porque... Bem; não agüento mais... para
ser breve, trata-se do Irmão Geraldo... que anda por aí com fama de santo, mas
é um hipócrita, um lobo em pele de ovelha... Imagine só o Senhor!... Ah! Tenho
até vergonha de tocar no assunto...”
- E aposto que duma golfada só vomitou todo o veneno!
“Como eu ia dizendo, senhor padre... uma moça honrada,
doméstica da família que o hospeda em Lioni... Hermínia se chama ela... foi
desonrada e está grávida deste tartufo de Irmão Geraldo... Sei até o lugar e o
dia em que isso aconteceu... Ah! Tenho até vergonha de dizer... tenho
testemunhas...”
E com refinada maldade:
“... mas a caridade e o respeito pela batina, com que este
tratante anda vestido, me impediram...”
Tantos escrúpulos, tantas delicadezas de consciência eram
de molde a forçar a credibilidade...
-Acrescente a isso que a natureza humana já é propensa a
acreditar no mal que nos contam dos outros...
Daí não se admirar que o confessor lhe respondesse:”A
senhorita tem o dever, em consciência, de escrever ao padre Afonso de Ligório,
superior de Geraldo, narrando-lhe tudo isso”.
E acrescentou:
“E, se me permitir, já que se trata do sigilo da confissão,
acrescentarei algumas palavras em sua carta abonando sua denúncia”.
Isso era, exatamente, o que Néria queria.
Angústia de um superior
Em Papani o padre
Afonso Maria de Ligório andava de um lado para outro com um grave problema
ocupando-lhe o espírito.
-A carta de Néria!
... precisa,
circunstanciada, acusando grave e formalmente o Irmão Geraldo Majela. E aquele
“post-scriptum” de um sacerdote seu amigo confirmando tudo. Parecia-lhe que o
céu vinha abaixo.
“Seria possível?!
Então, um de seus religiosos ofendera gravemente a Deus!”
Era um golpe muito
forte para sua novel família religiosa.
-E atingia um
membro considerado por todos como santo!...
Verdade é que o
Pe. Afonso nunca se encontrara com o Irmão Geraldo. Tinha tantos afazeres!...
Mas, fora ele, como superior-mor, quem o admitira à profissão na Congregação!
Quase por toda parte vinha escutando maravilhas sobre este Irmão... E agora
esta!? Sua pequenina Congregação seria objeto de conversas e cochichos
maldosos!
-É... a vigilância
em prevenir que o mal aconteça, é uma virtude essencial num bom superior!
Igualmente o é a
prudência e lentidão no aceitar as acusações contra algum dos seus súditos!
Por isso, o padre
Afonso envia o padre André Villani a Lacedônia e a Lacedônia e a Deliceto para
se informar nos locais e trazer-lhe dados mais sólidos e comprovados, se
pudesse. Infelizmente parece que as informações colhidas pelo padre Villani
confirmavam a acusação. Casa data, família, tudo conferia direitinho... Não
havia que negar.
-Pobre superior
nestas horas!
Pobre padre
Afonso! Fica como fulminado por um raio. Seu dever é expulsar, sem mais
delongas, o culpado. Mas o pastor das almas e moralista pondera:
“Quem sabe?... Não
seria mais prudente chamá-lo a Pagani e ouvi-lo? Não se condena alguém sem
ouvi-lo antes”.
Adeus Nossa Senhora da Consolação
Corria o mês de
maio de 1754, consagrado à Virgem, Geraldo escreve: “Meu superior está me
chamando. Rezem por mim! Tenho grande necessidade”.
Deliceto, berço de
sua vida religiosa, teatro de quase todas as suas atividades como Redentorista,
será doravante uma página virada no livro de sua história.
-Ele teria intuído
o que estava para acontecer-lhe?
Não se sabe.
Ele foi
ajoelhar-se aos pés de sua “Madonna da Consolação” para dizer-lhe o último
adeus. Não a veria mais nesta terra, disto ele tinha certeza. Depois entra
resoluto no seu Getsêmani.
Em Pagani
Ainda com a poeira
da estrada nas roupas e bastante cansado, Geraldo está batendo à porta da
pequena cela conventual de seu Fundador e superior-mor, em Pagani:
“Benedicite, pater”
(Abençoai-me pai!).
“O senhor é o
Irmão Geraldo Majela?”
“Sim, meu pai.”
“Já ouvi falar do
senhor. Mas, nunca tive a oportunidade de encontrá-lo. Sinto muito por vê-lo,
pela primeira vez, em tal circunstância... Sabe do que quero falar, pois não?”
Geraldo tinha
dobrado o joelho direito para pedir a bênção ao superior como era costume na
Congregação. E, como este não o mandara erguer-se, ele ajoelha-se totalmente,
recebe a carta que este lhe estende, e nesta postura, a lê.
-Chegaria ao fim?
No seu caderninho
de resoluções lemos o seguinte:
“De todas as
virtudes que vos são caras, ó meu Deus, a que estimo sobre todas é a castidade
e a pureza de coração que tornam a pessoa semelhante aos anjos”.
-Então, ele foi
ferido no que considerava de mais sagrado.
O que lia teria
sido bastante para fazê-lo desfalecer. Mas, mal transparece um traço de dor em
seu rosto macilento e magro.
-Não se desculpa?
Nada. Lê tudo até
o fim. Queda-se, por instantes, tragicamente emudecido, parecendo concentrar
todas as suas forças no amor a Deus e à sua Congregação. Compreende tudo, mas
sem uma palavra entrega o papel ao superior, inclina-se até tocar com a fronte
no assoalho, e assim fica esperando a sentença que ele bem sabia: expulsão da
Congregação, conforme mandavam os estatutos e regras da mesma. Santo Afonso
interroga-o:
“Então, que é que
o senhor tem a responder?”
Somente um
silêncio aterrador lhe responde... Santo Afonso insiste: “Não diz nada?!
Esperava de sua parte um grito de indignação! Ao menos algumas palavras... uma
explicação plausível... Mas, nada, Irmão Geraldo?! O senhor não responde nada?!”
Geraldo está mudo,
tragicamente emudecido, como o carneiro que é levado à morte. Santo Afonso,
após algum tempo:
“Irmão Geraldo, o
senhor compreende bem a gravidade desta acusação que lhe fazem?
“Sim, meu pai.”
“E isso é tudo que
o senhor tem para dizer-me?”
Agora o silêncio
torna-se insuportável, terrível, opressor...
-Pobre superior.
Sim. Santo Afonso
não queria acreditar... ele daria tudo para não acreditar na culpabilidade de Geraldo.
Ele não se sente no direito de arrancar-lhe o hábito de sua Congregação e
expulsá-lo, mandando-o de volta a Muro Lucano. Mas, este silêncio, obstinado,
terrível?... Enfim, com aparente calma e frieza, dá a sentença:
“Irmão Geraldo,
jurei que não conservaria nunca em minha Congregação um membro que a houvesse
maculado... Seria pelo que me contaram de sua conduta, no passado!? Seria uma
fraqueza esta indulgência de minha parte, e de que irei arrepender-me mais
tarde?! Não o expulso, como devia. Mas proíbo-o, até segunda ordem, falar ou
escrever a pessoas fora da Congregação e, proíbo-lhe, igualmente, receber a
santa comunhão...”
“A santa comunhão,
meu pai?!”
Com um gesto seco,
Afonso o despede:
“Não tenho mais
nada a dizer-lhe. Pode ir-se...”
-E ele?
Retira-se, meio
entontecido, para uma cela do convento e, pela primeira vez na vida, vai
deitar-se durante o dia. Está arrasado, doente. Reza constantemente.
-Também o golpe
não foi mole!
Mas é um “culpado”
que é visto elevar-se em êxtase sobre o leito. Por isso seus confrades
confabulam entre si:
“Não; ele não pode
ser culpado do que o acusam! Onde já se viu um pecador elevar-se em
êxtases?!...”
Aconselham-no a
justificar-se ao superior:
“Irmão Geraldo,
porque não disse nada para defender-se? Nós sabemos que é inocente...”
“Meu Deus e Senhor
me castiga por causa do meu pouco amor, mas eu o tenho dentro de mim e ninguém
me poderá arrebatar!”
Era assim que ele
respondia, e os confrades voltavam à carga:
“Irmão Geraldo,
mas por que o senhor não se justifica diante de nosso superior?!”
“Este é um fazer
de Deus; a Ele compete conduzi-lo.”
Parece que este
gênero de conversa não o agrada, por isso reza:
“Sofrer por vós,
meu Deus! Sofrer convosco... Não a mim, mas a vós compete fazer brilhar a
verdade. Escolhereis vossa hora para justificar-me. Esta provação que me
enviais não devo aceitá-la como um sinal de vossa santa vontade? Fazei o que
vos aprouver, Senhor! Eu, por mim, só quero o que vós quereis. Tudo é bom...
tudo é bom... Se quereis que eu seja humilhado, como poderia queixar-me a vós
que sois o modelo de humilhação!? Penso é naquela moça que me difamou.
Perdoai-a, Senhor! E, já que me é proibido receber-vos na santa comunhão,
morrerei esmagado pelo desejo de vossa presença sacramental, mas não me
queixarei... amar-vos-ei até o fim, ó vós, que tanto me amastes! Sofrer por
Deus, sofrer na imensidão de Deus... é o paraíso!”
Tão logo o culpado
se refez do abalo sofrido é mandado para Ciorani, a casa do Noviciado. Aí
deveria penitenciar-se e sua conduta seria observada.
Em Ciorani
Demos, então, um
pulinho até para ouvirmos as conversas mais freqüentes naqueles dias ali:
“Irmão Geraldo, o
senhor deve sentir muito a proibição de receber a santa comunhão, não é
verdade?”
“Eu me entrego aos
santos desígnios de Deus.”
“Estranho é que
ninguém o ouve queixar-se de estar proibido de comungar.”
“O meu Senhor mora
dentro de meu ser, e dali ninguém poderá arrancá-lo.”
“Acho que o senhor
deveria pedir a permissão de comungar... o senhor está inocente!”
“Se for preciso
morrerei, mas cumprindo sempre a vontade de meu Pai do Céu.”
E aqui sua mão
magra e ossuda bate com força no corrimão da escada como sinal de desagrado por
este tipo de conversação. Certo manhã um padre vem pedir-lhe o favor de
ajudar-lhe na santa Missa.
-E como ele
gostava de ajudar missas!
Mas, desta vez ele
se escusa:
“Não, meu padre;
não me peça isso, por amor de Deus! Eu não agüentaria e seria até capaz de
arrancar-lhe das mãos a Hóstia Consagrada”.
E sai, às pressas,
para ocupar-se com algum afazer que o distraia deste pensamento.
-E... o
brinquedo-jogo entre Jesus-Pão e Geraldo está ficando trágico... e o pobre
Geraldo, desta vez, está perdendo...
Perdendo, hein?...
Quanto Jesus e Geraldo jogam, a regra é: quem perde, ganha!
Os dias de sua “observação”
em Ciorani escoaram lentamente. Santo Afonso chama-o a Pagani e abranda-lhe a
penitência. Dali por diante, ele poderia comungar aos domingos.
Convém lembrar-se
de que, naqueles tempos, havia muita rigidez em permitir a sagrada comunhão, e
o costume, quase geral, era a comunhão duas vezes por semana, apenas.
Em Materdomini
São Geraldo foi
mandado para o convento de Caposele. Irá viver junto ao Santuário de
Materdomini, a mãe do Senhor, o que para ele era motivo de grande alegria.
O Pe. Juvenal,
superior de Caposele, ficou encarregado de continuar observando-lhe o
procedimento.
Para esta “primeira
comunhão” após tão longo tempo, Gerado pede licença de se preparar de modo
especial: quer ficar isolado, em completo retiro, deste sábado até a hora da
missa, no domingo.
-Obteve permissão?
Sim; e ele se
retirou. Mas o Padre superior veio a precisar dele e o procurou pela casa
inteira. Nem em seu quarto, nem em qualquer outro lugar foi possível
encontrá-lo.
O Dr. Santorelli,
muito amigo dos redentoristas e muito zeloso pela saúde física dos
missionários, vem ao convento como de seu costume, e percebe logo a inquietação
que vai no rosto de padre Juvenal.
“Não se pode
esconder-lhe nada, hein, doutor?... É que o Irmão Geraldo sumiu e ninguém,
nesta casa, dá conta dele!”
“Não está no
quarto?”
“Não, doutor. Eu
mesmo revistei tudo, até por baixo da cama.
Minha preocupação
é se ele estiver adoentado...”
“Não se inquiete,
padre Juvenal. Garanto-lhe que, na hora da comunhão, ele vai aparecer. O senhor
verá!”
Dito e feito. Mal
o irmão sacristão toca a entrada da missa que Geraldo vem vindo pelo corredor
como se voasse nas asas de um anjo.
“Irmão Geraldo, o
padre reitor o está procurando.”
Ele foi
encontrar-se com o superior e... recebe um “pito” daqueles.
“Então, onde
estava o senhor?”
“Em meu quarto,
padre Reitor.”
“Em seu quarto?...
Ora... ponha-se de joelhos... Nós cansamos de procurá-lo por toda a casa, e o
senhor vem me dizer que estava no seu quarto, hein?... Onde estava?”
“Em meu quarto,
padre Reitor. Eu lhe pedi licença para ficar de retiro em minha cela, desde
ontem até hoje à hora de comunhão... está lembrado?... Pois é, para ficar mais
recolhido e evitar as distrações, eu pedi ao meu bom Jesus que me tornasse
invisível... E, pelo que o senhor está falando, sei agora que Ele me concedeu
este favor!”
“Com o senhor é
mesmo impossível, Irmão Geraldo. Eu deveria proibir-lhe a santa comunhão por
mais um mês e castigá-lo com jejum a pão e água.”
Assim falou o Pe.
Juvenal, esforçando-se por mostrar severidade na voz e no olhar. Mas, diante de
tanta inocência e candura, sua vontade era de sorrir ou chorar tal o sentimento
que se apossara dele. Via as maravilhas de Deus com este Irmão leigo tão simples
e tão santo.
-E Geraldo?
Respondeu com a
costumeira serenidade e alegria no rosto:
“Se o senhor me
ordenar isso, meu pai, eu obedecerei por amor do meu Jesus Crucificado”:
E o padre Juvenal,
fazendo um grande esforço:
“Está bem. Por
esta vez passa... Mas fica proibido de fazer tais pedidos a Nosso Senhor. Nós
poderemos precisar de seu trabalho... ouviu bem?”
Duas cartas
Começa o mês de
julho. Os acontecimentos tinham-se precipitado com lances teatrais: ora
trágicos, ora dolorosos, ora equívocos e... aproxima-se o final feliz com uma
digna apoteose.
-Que se passava?
Duas cartas
chegaram às mãos do padre Afonso Maria de Ligório.
Uma era de Néria
Caggiano que ficou doente, e não agüentando os remorsos, arrependeu-se de suas
calúnias contra o pobre Geraldo.
-Graças a Deus que
ela tenha se convertido!
Procurou o
confessor e se acusou tão formalmente que este exigiu dela uma reparação em boa
e devida forma. Também ele próprio julgou-se no dever de escrever a Santo
Afonso, desculpando-se por sua falta de bom senso e credulidade às acusações de
uma mentirosa. Pedia-lhe que reparasse o mal.
-Santo Afonso deve
ter pulado de alegria ao ler estas duas cartas!
Se pulou, não sei;
mas uma grande e incontida alegria inundou-lhe a alma, isto é certo.
Apressou-se a chamar Geraldo a Pagani. E este, com a mesma simplicidade com que
viera antes, compareceu-lhe à porta da pequena cela, sem indagar o porquê.
Um encontro
Imaginemos o
encontro dos dois santos na pequeníssima cela do Fundador dos Redentoristas. As
palavras são simples, mas carregadas de sentimento:
“Sinto-me feliz
por poder colocar minha inteira confiança no senhor, Irmão Geraldo: Pérfidas
acusações me fizeram duvidar do senhor. Mas, tenho certeza que a provação não
lhe terá sido inútil”.
“Toda provação é
útil, meu pai, porque faz parte da Cruz de nosso Redentor.”
“Mas, Irmão
Geraldo, por que guardou tão terrível silêncio e não teve uma palavra para
justificar-se, quando o chamei aqui, pela primeira vez, e sob aquela acusação?!”
“Como poderia
fazê-lo, meu Pai? A Regra do nosso Instituto; esta Regra que o senhor mesmo
escreveu sob inspiração do Santíssimo Redentor, não nos proíbe defender-nos,
quando somos acusados? E não nos ordena receber as humilhações como Nosso
Senhor recebia os golpes no pretório de Pilatos?”
A esta altura
Santo Afonso ergue-se e o abraça comovido.
“Deus te abençoe,
meu filho (Figlio mio, sii Benedetto)! Que o Santíssimo Redentor o abençoe para
sempre! Reze por mim e pelo nosso Instituto! Agora vai em paz!”
E assim o despede,
com os olhos nadando em lágrimas de gozo e consolação por Deus ter dado à sua
Congregação um santo como o Irmão Geraldo.
Impressões
-Quais suas
impressões de Pagani? Você esteve lá, pois não?
Sim. Após duzentos
anos destes acontecimentos, vivi momentos de indizível emoção no mesmo cenário
onde se desenrolaram. Se não lhe for incômodo tentarei descrever-lhe
palidamente:
Foi uma noite
brava de frio invernal como nunca tinha conhecido. Durante o dia, participei de
uma peregrinação, com alguns colegas, ao túmulo de São Geraldo em Materdomini,
Caposele.. O frio era terrível. Toda Pagani tremulava com flocos de neve
caindo.
O Vesúvio, ali bem
defronte da janela, donde Santo Afonso, já muito velhinho, lhe lançou a bênção
e a erupção que ameaçava cessou. Mas, desta vez, ele se cobria era de uma
mortalha branca. Na vetusta celinha do santo Fundador, que medi com palmos de
minha mão, achando dezenove de comprimento por doze de largura, aqueles móveis
empoeirados, testemunhas mudas dos fatos que ali se deram! Três cadeiras, a
escrivaninha tosca, a janelinha que dá para a capela da “Adolorata” (Nossa
Senhora das Dores), e donde Santo Afonso fazia suas visitas ao Santíssimo
Sacramento, o genuflexório, a placa de metal na parede com os dizeres com que o
padre Antonio Tannoia, que conviveu com os dois santos, descreve o encontro
deles... Tudo falava tão eloqüentemente! A emoção era tão viva que ajoelhei-me,
rezei por bastante tempo, depois beijei reverente aquele piso outrora calcado
pelos pés de Geraldo e Afonso Maria. Saindo, fechei com todo cuidado a velha
porta e passei a noite sem conseguir conciliar o sono, revivendo o encontro dos
dois santos. Ou será que foi o frio intenso, a que não estava acostumado, que
me fez perder o sono?...
MENSAGENS DE SÃO GERALDO NO
SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ - JANEIRO DE 2013.

JACAREÍ, 1º DE JANEIRO DE 2013. MENSAGEM DE SÃO GERALDO
MAJELLA.
(São Geraldo): "-Marcos, hoje Eu venho te dizer: amo-te! Amo
este lugar santo das Aparições e amo a cada um que aqui vem. Protejo a todos
com amor e nunca vos deixo sozinhos.
Neste novo ano que nasce desejo
que deixeis as trevas do pecado e que comeceis uma nova vida, na conversão e no
amor. Renunciai a todo pecado e então a Graça de Deus irromperá com tanto poder
em vossas vidas que nunca mais sereis os mesmos!
Os Sagrados Corações de Jesus,
Maria e José querem realizar grandes prodígios nas vossas vidas ao longo deste
ano, mas as vossas almas devem dispor-se bem para a Graça. Por isso, rezem até
terem a força interior para renunciarem ao pecado e assim a Graça Divina possa
triunfar nas vossas almas.
Eu vos abençoo com amor e a
todos cubro com o Meu manto hoje."
(Marcos): Em
seguida, falou comigo particularmente dando-me as diretrizes e ordens acerca do
que devo fazer, abençoou-me e desapareceu.
JACAREÍ, 8 DE JANEIRO DE 2013. MENSAGEM DE SÃO GERALDO MAJELLA.
(São Geraldo): "-Marcos, Eu, Geraldo Majella, te
saúdo e te dou a Minha paz.
Meu grande amigo, transmite a todos os filhos
do Senhor esta Mensagem: rezai! Rezai mais! A oração é a respiração da alma.
Assim como o corpo sem a respiração morre, assim também a alma morre
rapidamente sem a oração. A alma que não reza certamente cairá em pecado
mortal, porque sem a oração que é o único meio pelo qual a Graça do
Altíssimo se comunica à alma ela não terá força para resistir às tentações e
logo trairá o Senhor Deus. Rezai, rezai muito portanto, porque sem a oração
ninguém será fiel a Jesus nem terá a graça da perseverança final.
Imitai a Minha pureza para que agradeis a Jesus e sejais merecedores de
verdes a Mãe de Deus no Paraíso.
Renunciai ao pecado. Se não renunciardes a todo tipo de pecado Deus não
fará nada em vós. Se viverdes em paz com os vossos pecados não só perdereis
todas as graças do Céu, como também perdereis a Graça santificante e se assim
chegardes ao fim da vida ou fordes surpreendidos pela morte correis o risco de
perderdes vossa salvação eterna, pois a impenitência final lança a alma no
inferno para sempre.
Renunciai ao pecado definitivamente! Assim como todas as quedas no pecado
começam porque não se reza sinceramente, assim também todas as conversões não
se realizam porque não se renuncia sinceramente ao pecado que está em vós e no
qual viveis. Renunciai ao pecado e as vossas almas viverão na Graça de Deus e
sereis salvos.
Imitai a Minha modéstia, a Minha circunspecção espiritual, o Meu
silêncio, Minha vida de oração profunda e abrasada, a Minha ardente devoção à
Mãe de Deus.
Que os jovens e solteiros imitem a Minha
castidade e serão profundamente queridos de Deus e de Sua Mãe. Baní de
vossas vidas toda imoralidade, vício, fornicação,blasfêmia, inveja, preguiça e
todo tipo de pecado contra os mandamentos de Deus.
Imitai o Meu profundo amor a Deus e à Sua Mãe Imaculada, pois este amor é
o que transforma o homem em Anjo e o faz unir-se com Seu Criador até tornar-se
um só com Ele no amor.
Marcos, amigo predileto Meu, Eu te abençoo agora e a todos que ouvem com
amor a Minha voz e cubro-vos com o Meu manto protetor."
(Marcos): Em seguida, falou comigo
particularmente dando-me as diretrizes e ordens acerca do que devo fazer,
abençoou-me e desapareceu.
http://deusjesusmariajose.blogspot.com.br/2013/01/mensagens-de-sao-geraldo-no-santuario.html