Rainha e Mensageira da Paz

sábado, 27 de agosto de 2011

27 de Agosto


Santa Mônica

Esta santa alegadamente nasceu em 331 d.C., em Tagaste, mas há controvérsias acerca dessa data. Foi, segundo as tradições católicas, criada por uma dada, ou seja, uma escrava que cuidava dos filhos dos senhores, dessa senhora recebeu "educação e rígidos ensinamentos religiosos".
Casou-se, conforme a lenda, aos dezessete ou dezoito anos com Patrício, o casal ocupava razoável posição social, mas apesar disso Mônica não era feliz no casamento pois sofria com a infidelidade do marido, por isso começa a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, já que nunca criou discórdia por esse motivo.
Foi mãe de Santo Agostinho, sendo ele, segundo o também Doutor da Igreja, o seu alicerce espiritual que o conduziu em direção à suposta "fé verdadeira", já que o converteu por insistência ao Cristianismo. Ele julgava ser a mãe a "intermediária" entre ele e Deus. Durante a adolescência de Agostinho até ao seu batismo, Mônica vivia entre lágrimas, lamentando a vida de alegadas "heresias" do filho, e orava fervorosamente para que ele encontrasse a verdadeira "".
Agostinho atribuiu a um sonho de sua mãe o passo definitivo para sua conversão e a "confirmação" de sua vocação religiosa, desse modo Mônica se torna responsável pelo destino cristão do filho. A partir disso o filho vê a mãe de forma santificadora, mas reconhece o fardo feminino que ela carrega, já que nos primórdios da Igreja Católica, a mulher era vista entre dois extremos, o da exaltação e da condenação, devido à face maniqueísta desta religião. A parte "boa" do sexo feminino era representada por Maria e a parte "ruim", que se entrega à tentação, representada por Eva. Foi dessa forma que Mônica foi vista por seu filho e pela Igreja Católica.
Morreu aos 56 anos, no ano de 387, mesmo ano da conversão de seu filho. Seu corpo foi "descoberto" em 1430 e transferido para Romaonde mais tarde uma igreja lhe foi dedicada. Mônica foi canonizada não por ter operado milagres ou por ser mártir, mas sim por ter sido, alegadamente, a "responsável pela conversão de seu filho" mostrando empenho em ensinar condutas cristãs como moral, pudor e mansidão, mostrando a intervenção feminina no interior da família, pois foi o meio, através da oração, que contribuiu para a vida religiosa do filho.
Os marinheiros que acompanhavam Agostinho em suas viagens mediterrâneas se confortavam orando à Mônica, pedindo a chegada a salvo.

Oração à Santa Mônica - Modelo de esposas e mães cristãs - 
Ó Esposa e Mãe exemplar, Santa Mônica:
Tu que experimentastes as alegrias e as dificuldades da vida conjugal;
Tu que conseguiste levar à fé teu esposo Patrício, homem de caráter desregrado e irascível;
Tu que chorastes tanto e oraste dia e noite por teu filho Agostinho e não o abandonaste mesmo quando te enganou e fugiu de ti.
Intercede por nós, ó grande Santa, para que saibamos transmitir a fé em nossa família; para que amemos sempre e realizemos a paz.
Ajuda-nos a gerar nossos filhos também à vida da Graça; conforta-nos nos momentos de tristeza e alcaça-nos da Santíssima Virgem, Mãe de Jesus e Mãe nossa, a verdadeira paz e a Vida Feliz.
Amém.
Santa Mônica, rogai por nós.

28 de Agosto


Santo Agostinho : filósofo, bispo e teólogo cristão

Santo Agostinho ensinou retórica nas cidades italianas de Roma e Milão.
Nesta última cidade teve contato com o neoplatonismo cristão.
Viveu num monastério por um tempo. Em 395, passou a ser bispo, atuando em Hipona (cidade do norte do continente africano). Escreveu diversos sermões importantes. Em "A Cidade de Deus",Santo Agostinho combate às heresias e a paganísmo. Na obra "Confissões" fez uma descrição de sua vida antes da conversão ao cristianismo.

Santo Agostinho analisava a vida levando em consideração a psicologia e o conhecimento da natureza. Porém , o conhecimento e as idéias eram de origem divina. Para o bispo , nada era mais importante do que a fé em Jesus e em Deus. A Bíblia, por exemplo, deveria ser analisada, levando-se em conta os conhecimentos naturais de cada época. Defendia também a predestinação, conceito teológico que afirma que a vida de todas as pessoas é traçada anteriormente por Deus.

As obras de Santo Agostinho influenciaram muito o pensamento teológico da Igreja Católica na Idade Média.

Morreu em 28 de agosto (dia suposto) de 420, durante um ataque dos vândalos (povo bárbaro germânico) ao norte da África.

Santo Agostinho é considerado o santo protetor dos teólogos, impressores e cervejeiros.Seu dia é 28 de agosto, dia de sua suposta morte.

Oração
 Onipotente e Misericordioso Deus, que deste a Agostinho a graça da santidade e o Dom da inteligência a serviço do Evangelho, fazei com que eu também saiba converter todos os meus dias e hora em ocasiões para servir e amar, dando testemunho da Vossa Verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, amém.
Santo Agostinho, rogai por nós.





sexta-feira, 26 de agosto de 2011

26 de Agosto

Aparição de Nossa Senhora em Czestochowa
 

Onde aconteceu: Na Polônia.

Quando: Em agosto de 1382.

A quem: Ao Príncipe Ladislau.


A História.

Conforme tradição muito antiga, o quadro de N. Sra. do Monte Claro é cópia fiel da pintura feita pelo evangelista São Lucas.
Seguidas vezes, são Lucas visitava Virgem Maria, colhendo dela pormenores da infância de Jesus. Foi numa dessas ocasiões que ele, na própria tábua da mesa de cedro que Nossa Senhora usava para seu trabalho e oração, pintou sua imagem.

Diz a lenda que, ao iniciar a pintura do rosto da Virgem Maria, deteve-se pensativo, preocupado em exprimir da melhor forma possível toda beleza da Mãe de Deus. Profundamente recolhido, cochilou e adormeceu por alguns instantes e, acordando, surpreendeu-se ao encontrar o quadro pronto, no qual o rosto de Maria, de celestial beleza, estava pintado.

Sendo Jerusalém ocupada pelo exército romano, a Santa Helena - mãe do Imperador Constantino - foi conhecer os lugares santos e procurar o lenho da Santa Cruz. Santa Helena viu o quadro e recebeu-o das mulheres que o guardavam. Encontrando também o lenho da Santa Cruz, enviou ambos a seu filho Constantino o Grande, Imperador de Constantinopla, naquela época, metrópole da Igreja.

Esse Imperador, recém convertido ao cristianismo, recebeu o quadro enviado por sua mãe, com grande alegria, colocando-o na capela particular de seu palácio. Muitas cópias do quadro milagroso foram feitas, por ordem de Constantino, e por ele doadas aos cristãos do oriente e ocidente. O quadro original permaneceu com ele. Por mais de 400 anos o quadro permaneceu nas capelas particulares, como propriedade dos príncipes russos. Depois o quadro foi transferido para a capela do castelo Belz, na Rússia, onde permaneceu por muitos anos.
Entrando a Rússia em guerra contra Ludovico, rei da Hungria e da Polônia, foi por este vencida. A cidade de Belz e o castelo caíram nas mãos de Ludovico, que nomeou seu sobrinho Ladislau, Príncipe de Opole - Polônia, como governador de Belz.

Visitando as dependências do castelo, Ladislau encontrou o quadro de N.Sra. e, cheio de respeito e amor para com Mãe de Deus, colocou-o na capela do palácio. Entretanto, pouco tempo depois, a cidade de Belz foi invadida pelos Tártaros, que atacaram o castelo.

Ladislau com sua agente, defendia-se de forma heróica dos invasores muito mais numerosos. Vendo que seus esforços eram inúteis, Ladislau recorreu à proteção de Maria e, prostrando-se diante do Quadro sagrado, pediu socorro, que lhes veio sem demora. O príncipe, grato pela ajuda milagrosa, decidiu retirar o quadro da Virgem de Belz, pois era um lugar exposto aos ataques dos Tártaros, e levá-lo a Opole (Polônia) capital do seu principado.
Contudo, por desígnio de Deus e vontade de Maria, resolveu deixar o quadro numa capela situada na colina chamada Monte Claro, perto de Czestochowa. O ponto mais alto, por ser um descalvado de calcário, recebeu este nome de Monte Claro (= Jasna Gora)


Chegada do Quadro Milagroso à Polônia


Em agosto de 1382, O Príncipe Ladislau confiou o quadro milagroso aos cuidados dos Frades Paulinos, seus fiéis guardiões. Construiu-lhes, com ajuda do povo daquela região, o convento, a igreja e fez generosa doação em terras e aldeias para manutenção do convento e do Santuário. Ladislau Jagiello, rei da Polônia e Lituânia, não só aprovou as doações do Príncipe, mas contribuiu com outro tanto por sua parte.


Vista parcial do Santuário
em Monte Claro em Czestochowa – Polônia.


A pedido deste rei, o Papa Martinho V, pela Bula de 27 de Novembro de 1429, enriqueceu o santuário de Monte Claro com diversas indulgências e com a benção papal.
Desde o primeiro dia da chegada do quadro da Virgem Maria na terra polonesa o povo recorre a Nossa Senhora, pedindo saúde, consolo e graças espirituais.
Inúmeras graças atribuem-se a ele: doentes foram curados, pessoas desesperadas encontraram paz e consolação etc. Todos os que recorriam à Mãe de Deus com confiança e amor, eram atendidos em suas necessidades.

Peregrinações das mais longínquas localidades do país e mesmo do estrangeiro chegavam ao Monte Claro em busca de socorro material e espiritual. Confortados pela ajuda recebida, expressavam a sua gratidão, oferecendo ao Santuário donativos em ouro, prata, pedras preciosas e dinheiro. Também a rainha da Polônia, Santa Edviges, com seu esposo, o rei Ladislau Jagiello e os dignitários da corte, faziam ricas doações a Nossa Senhora.
Ornada com tantas jóias de alto valor, o quadro milagroso tornou-se objeto de cobiça por parte dos ateus, dos infiéis e dos assaltantes, numerosos naquela época.

Na madrugada do dia da Páscoa, do ano de 1430, o Santuário de Nossa Senhora, onde apenas os frades e alguns peregrinos se encontravam, foi repentinamente invadido por bandidos. Arrancaram do altar o quadro, jóias, cálices e tudo de grande valor, jogaram tudo numa carroça, pondo-se em fuga.
Por descuido o quadro caiu da carroça e quiseram o recolocar, mas não o conseguiram. Do castelo mais próximo, vieram soldados armados e puseram-se imediatamente atrás dos bandidos.
Os bandidos percebendo o que acontecera e não conseguindo recolocar o quadro no veículo, o chefe dos bandidos, na iminência de ser apanhado, encolerizou-se, golpeou-o diversas vezes com a espada e fugiu apressado. Ao chegar no local, soldados, peregrinos e frades, encontraram o quadro partido em três pedaços e o rosto de Nossa Senhora dolorosamente ferido.

Ajoelhando-se, pediram ajuda de Deus. Depois pediram ao rei da Polônia Ladislau Jagiello que tomasse providências necessárias para restauração do quadro. Famosos pintores foram até lá para restaurar, mas nenhum deles conseguiu restaurar a pintura do quadro.
Quando todos desistiram, um jovem que havia auxiliado o primeiro pintor veio até o rei e declarou com toda simplicidade:

"A Mãe de Deus não quer que sejam apagadas essas cicatrizes".

Dito isto, pediu que lhe desse licença para concluir a restauração do quadro, e o rei embora contrariado, não tendo outro recurso cedeu ao seu pedido.
Antes de pintar o jovem rezou a noite inteira. Concluído o trabalho, entregou ao rei Ladislau o quadro completamente restaurado, com todos os cortes cobertos, exceto os três ferimentos no rosto de Nossa Senhora. O jovem pintor havia desaparecido e nunca mais foi visto.
O quadro voltou ao seu trono, ornado novamente de ouro, prata e pedra preciosas, doadas pelos reis e pelo povo. A Mãe de Deus continuou, desde então, operando milagres e atendendo a todos os que a Ela recorriam com confiança e fé.
Em 1655, os Suecos invadiram a Polônia e atacaram também o Convento e o Santuário de Czestochowa, a fim de se apoderarem das riquezas do país. No Convento havia apenas frades e 50 famílias e alguns soldados. Durante 40 dias, os suecos atacavam com mais de 15 mil homens, canhões etc..., lançando bombas incendiárias sobre o Santuário.

Os frades e os outros sitiados defendiam-se heroicamente, confiando na proteção de Nossa Senhora e chegavam afazer procissão com o Santíssimo em volta do Santuário, cantando e rezando no meio dos ataques do inimigo.
Os suecos reconhecendo que lutavam contra forças sobrenaturais resolveram se afastar na noite de Natal e pouco tempo depois, foram expulsos também do país.
No ano seguinte de 1656, Nossa Senhora de Czestochowa foi declarada, oficialmente, pelo Papa, RAINHA DA POLÔNIA.


Milagres Ocorridos no Século XX.


Muitas são as graças atribuídas à Nossa Senhora do Monte Claro no século XX.
No final da II Grande Guerra, Adolf Hitler reconhecia que a investida contra a Polônia havia fracassado devido, segundo suas próprias palavras, "à Negra de Czestochowa".

No dia 26 de Agosto de 1956, um milhão de poloneses, unidos num só coração, renovou o Voto da Nação, repetindo as palavra do Cardeal Stefan Wyszynski ausente (preso pelo regime comunista), e renovando as promessas de fidelidade à sua Rainha, a Deus, à Cruz, ao Evangelho, à Igreja e seus Pastores.

Por essas promessas eles se comprometiam a defender a vida desde a sua concepção e a mútua fidelidade no matrimônio. Prometiam, também, lutar contra seu vicio e praticar a lei do amor, respeitando a dignidade humana.
Cada ano, no dia 3 de maio, esses Votos São renovados em cada paróquia e, no dia 26 de agosto, no Santuário de Monte Claro em Czestochowa, aos pés de Maria, Rainha da Polônia.


Qual o motivo da cor “negra”?


Ao longo dos séculos, muitos foram os testemunhos de curas e outros fenômenos milagrosos ocorridos com fiéis que peregrinaram à pintura. Ela é conhecida como "A Senhora Negra" por causa da fuligem acumulada sobre a sua superfície, fruto de séculos de velas votivas queimadas junto a elaCom o declínio do comunismo na Polônia, as peregrinações à Senhora Negra aumentaram notavelmente. 

 

Um Papa Polonês em Roma.


No dia 16 de outubro de 1978, os sinos de todas as igrejas da Polônia tocavam festivamente, anunciando que um filho da Polônia martirizada, mas sempre fiel, Karol Wojtyla, Cardeal, fora eleito Papacomo 266 Sucessor de São Pedro, com o nome de João Paulo II.
João Paulo II, antigo Arcebispo de Cracóvia, no dia seguinte à sua eleição, escreveu ao Primaz da Polônia uma carta, e terminou dizendo:
"Não haveria na sede de São Pedro um papa polonês, se não houvesse Monte Claro e o maravilhoso Primaz com sua fé heróica e inabalável confiança em Maria, Mãe da Igreja".

No seu brasão papal, colocou uma grande cruz, a letra M e as palavras: TOTUS TUUS, que significa: Todo Teu - Todo de Maria.

Monte Claro, depois de tantas provas e sacrifícios, o viu chegar radioso, cheio de esperança e fé no futuro, que culminou com a visita do Santo Padre à Polônia, de 2 a 10 de junho de 1979.

Como fiel servo de Maria, chegou dia 3 de junho a Monte Claro e permanecendo ali por 3 dias. Em sua peregrinação ao Brasil, de 30 de junho a 12 de julho de 1980, o Santo Padre ofereceu à imigração polonesa, um quadro de Nossa Sra. de Czestochowa.

Os imigrantes poloneses, ao deixarem sua Pátria, levavam sempre consigo esse grande tesouro: o quadro de Nossa Sra. do Monte Claro e a grande devoção à Maria Santíssima.
Chega o ano de 1982. Polônia prepara-se para comemorar os 600 anos do reinado maternal de Maria em Czestochowa. João Paulo II alimenta o grande desejo de ir agradecer,pessoalmente a Maria, a proteção Materna à sua Pátriamas o governo comunista não deu a permissão, transferindo a peregrinação para o ano de 1983.

Foi com jubiloso "Magnificat" e "Te Deum" que a Nação Polonesa agradeceu os benefícios e as graças de ordem espiritual e material recebidas das mãos maternas de Maria Rainha da Polônia.
Realmente, Maria nunca abandonara o seu reino, quer nas guerras, quer nas ocupações inimigas, nas perseguições comunistas, quer em tempo de paz e em todas as circunstâncias.

Finalmente Polônia ficou livre do regime comunista, graças à proteção de Nossa Senhora do Monte Claro. Inúmeras são as graças de curas e conversão de pecadores, ao entrarem no Santuário da Virgem de Czestochowa. Maria espera a todos e ajuda aqueles que a reconhecem como Mãe de Deus e seguem os passos do seu Filho Jesus Cristo.


O dia 26 de agosto é dedicado à Nossa Senhora de Czestochowa.

 
Nossa Senhora de Czestochowa, rogai por nós.



 ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE MONTE CLARO 
Virgem Satíssima, Mãe de Deus, amada e venerada em nosso Santuário de Monte Claro, onde através dos séculos, fostes a dispensadora de graças a vosso povo fiel, vinde em nosso auxílio, salvai-nos, nós vos suplicamos, como livrastes de tantos perigos os nossos antepassados. Amém.


26 de Agosto
São Luís IX - Rei de França
Luís IX de França ou São Luís de França (PoissyFrança25 de Abril de 1214 - TunisNorte de África25 de Agosto de 1270) foi rei de França de 1226 até à sua morte, o nono da chamada dinastia dos capetianos directos, e também conde de Artois de 1226 a 1237.
No seu reinado a França viveu um excepcional momento políticoeconómicomilitar e cultural, conhecido como o "o século de ouro de São Luís". Houve um grande desenvolvimento da justiça real, passando o monarca a representar o juiz supremo.
Participou também da Sétima Cruzada e da Oitava Cruzada, tendo morrido no decurso desta última, o que influenciou em grande medida a sua posterior canonização no reinado do seu neto Filipe o Belo.
São Luís nasceu no castelo de Poissy, a 30 quilómetros de Paris, a 25 de Abril de 1214 ou 1215, dia de procissões solenes do dia deSão Marcos. Na mesma época Filipe Augusto venceu a célebre batalha de Bouvines, contra uma aliança do Sacro-Imperador Otão IV da GermâniaJoão I da Inglaterra e nobres da Flandres.
Tradicionalmente, depois de Filipe I de França, os reis capetianos baptizavam os seus primogénitos com o prenome do avô. Luís IX foi o quinto filho de Luís VIII de França e Branca de Castela, sendo o seu irmão Filipe o herdeiro da coroa até à morte deste em 1218.
A sua infância terá sido influenciada pela figura do seu pai que, unindo o zelo pela religião à bravura marcial que lhe valeu o cognome de o Leãosubjugou os cátaros do sul da França. Particularmente zelosos da sua educação, os pais de Luís IX deram-lhe bons preceptores: Mateus II de Montmorency, Guilherme des Barres, conde de Rochefort, e Clemente de Metzmarechal da França, inspiraram-lhe os sentimentos de um rei cristianíssimo e filho da Igreja.
Da mesma forma, mais tarde Luís interessar-se-ia pela educação, particularmente a religiosa, dos seus filhos. Ensinar-lhes-ia orações, a necessidade de assistir à missa e de fazer penitência. Conta-se também por exemplo que às sextas-feiras não permitia que usassem qualquer ornamento na cabeça, por ter sido o dia da coroação de espinhos de Jesus Cristo.

Reinado

Regência de Branca de Castela

Com a morte do seu pai em 8 de Novembro de 1226, Luís IX subiu ao trono aos 12 anos de idade. Foi sagrado na catedral de Reims por Jacques de Bazoches, bispo de Soissons, em 30 de Novembro do mesmo ano.

Sagração de Luís IX de França nacatedral de Reims (iluminura do século XIII)
Por testamento de Luís VIII, a mãe do jovem monarca assumiu a regência de França com o título de «baillistre», guardião da tutela do rei. Bartolomeu de Roy, o velho camareiro da corte havia vinte anos, era o mais influente conselheiro do reino, pelo que se disse na época que o poder passava assim «entre as mãos de uma criança, de uma mulher e de um velho».[1]
De personalidade forte, Branca de Castela encarnava a glória de ser filha, sobrinha, esposa, irmã e tia de reis. Com efeito, o seu pai foiAfonso VIII de Castela, os reis da Inglaterra Ricardo Coração de Leão e João sem Terra eram seus tios, Luís VIII de França seu esposo,Henrique I de Castela e Berengária de Leão e Castela seus irmãos, Luís IX de França e Carlos I da Sicília e Nápoles seus filhos, Sancho II de Portugal e Afonso III de Portugal seus sobrinhos através da sua irmã Urraca e Fernando III de Leão e Castela também seu sobrinho através da sua irmã Berengária.
Durante a minoridade de Luís IX, a rainha mãe enfrentou as ambições da Inglaterra e as pressões da nobreza do reino, que desejavam valer-se da pouca idade do soberano para retomar os direitos perdidos para os monarcas do último século.
O reino entrou em um período conturbado, com a revolta organizada por Filipe Hurepel, tio do jovem rei e filho legitimado de Filipe Augusto, pela casa de Dreux e pelo duque Pedro Mauclerc da Bretanha. Depois de sufocar a rebelião, a regente concluíu a conquista doLanguedoc iniciada pelo seu esposo ao comprometer o conde Raimundo VII de Toulouse, casando a filha deste, Joana, com o seu filhoAfonso. Acabava assim a Cruzada dos Albigenses.

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Maioridade e casamento

Delicado, louro e de olhos azuis, Luís atingiu a maioridade a 25 de Abril de 1234 mas continuou a manter a mãe numa posição de confiança e poder. Não há uma data precisa em que se defina a efectiva tomada do poder por Luís, os seus contemporâneos viram o seu reinado como um período de partilha do poder com Branca de Castela. No entanto, os historiadores costumam definir o ano da sua maioridade como aquele em que Luís passou a governar mais tradicionalmente como rei, relegando a mãe para um papel mais de conselheira, se bem que continuou a ser uma poderosa força política até à sua morte em 1252.
Esta organizou o seu casamento, realizado no dia 27 de Maio de 1234, na catedral de Sens, pouco depois de o rei completar 20 anos. A esposa escolhida foi Margarida da Provença, a filha mais velha de Beatriz de Sabóia e do conde Raimundo Berengário IV da Provença e de Forcalquier, e irmã de Leonor, esposa deHenrique III da Inglaterra.
Com esta união pretendia-se agregar este condado ao reino da França, uma vez que Raimundo Berengário IV não tinha um herdeiro varão. Dizia-se que a graça e a natureza haviam dotado a sua esposa de toda sorte de perfeições[2], e de facto foi bem sucedida em prover a dinastia capetiana com herdeiros.

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Política interna

A partir de 1241 Luís IX parece tomar mais responsabilidades para si no governo do país. Fez do seu irmão Afonso conde de Poitiers a fim de obrigar a nobreza local a lhe prestar homenagem. A rebelião de Hugo X de Lusignan permitiu-lhe estabelecer a autoridade real em uma curta campanha, de 28 de Abril de 1242 a 7 de Abril de 1243, e o mesmo tempo aproveitou a situação de vantagem até Quercy(aproximadamente o actual departamento de Lot) para expulsar da lá o rei Henrique III de Inglaterra, que decidira romper a trégua de1238.

Moeda de prata de ToursGros tournois, de São Luís (c.1266)
Resolveu antigas divergências com Jaime I de Aragão pelo Tratado de Corbeil, pelo qual o rei francês renunciava a hipotéticos e caducos direitos sobre Aragão, em troca da renúncia do monarca catalão-aragonês a direitos muito concretos sobre vastos territórios no sul da França. Para selar este tratado, Luís casou a sua filha Branca com o infanteFernando de La Cerdapríncipe herdeiro do reino de Castela, e Jaime I de Aragão casou a sua filha Isabel com o príncipe francês, o futuro rei Filipe III de França.
Na administração do reino, Luís IX designou inspectores gerais, que eram considerados funcionários públicos, criou a comissão judicial da cúria e instituiu uma comissão de fazenda e de inspecção de contas.
Proibiu aos juizes, oficiais e outros emissários seus enviados às províncias para ali exercerem justiça durante algum tempo, de adquirir bens e empregar os seus filhos. Nomeou, acima deles, juizes extraordinários para examinar a conduta dos primeiros e rever os seus julgamentos, funcionando como justiça de apelação[2]. Para a pessoa do rei ficava reservado o papel de juiz supremo.
Segundo os relatos da época, se entendia que os seus oficiais tivessem agido mal, impunha em primeiro lugar uma severa penitência a si mesmo, como culpado pelo excesso praticado pelos seus representantes, e em seguida ministrava-lhes severa punição, obrigando-os a restituir o que haviam tomado do povo, se fosse esse o caso, ou a reparar aqueles que haviam sido condenados injustamente. Pelo contrário, quando tomava conhecimento de que haviam cumprido dignamente os seus deveres, recompensava-os regiamente e os fazia ascender a funções mais honrosas[2]. Foi também o primeiro rei a proibir duelos, anteriormente tolerados e por vezes ordenados a fim de se conhecer o direito das partes.

Oração

Onipotente e Eterno Deus, que cumulaste, Vosso servo, o Rei de 
França, Luís IX, com muitos dons e virtudes, fazei que eu também saiba 
corresponder a Vossa Divina Graça.
Por Cristo Senhor, amém.