Rainha e Mensageira da Paz

domingo, 16 de outubro de 2011


16 de Outubro
São Geraldo Majela

HISTÓRIA DA VIDA DE SÃO GERALDO MAJELA
Nasceu em Muro Lucano, povoado da Basilicata, no sul da Itália, no dia 6 de abril de 1726, filho de Domenico Majela e Benedecta Galella.
Seu pai era alfaiate em Muro, mas morre em 1738, quando Geraldo tinha apenas 12 anos. Suas irmãs, mais velhas do que ele, são: Ana, Brígida e Isabel.
SUA INFÂNCIAConforme o testemunho de suas próprias irmãs, ele era muito dedicado às devoções, e que também se confessava todos os dias e se disciplinava diariamente.Aos sete anos, em vista da pobreza da família, dirigia-se à ermida Capodigiano, brincava com o Menino Jesus e dele recebia um pãozinho branco. Somente mais tarde, quando já na congregação, Geraldo compreende quem era aquele menino.
Entregava-se à oração. Sua mãe encarregava-se de educá-lo na fé.
SUA JUVENTUDEAos 14 anos, é crismado por Dom Albino na cidade de Muro. O sacramento da crisma tornou-se o sinal da fortaleza e do valor que nortearam toda sua vida. Dom Albino era natural de Muro.Com o Bispo lá se foi Geraldo para ser seu empregado. Nesse ofício precisou praticar verdadeiro heroísmo. Dom Albino julgava-se no direito de fazer o que bem entendesse com seu jovem empregado. Fazia-o trabalhar sem descanso e reprovando-o sempre de não fazer tudo o que devia e de fazê-lo mal. Geraldo, por sua parte, tinha para com ele grande respeito e dedicação. Seu espírito de mortificação e penitência encontrou ali um bom lugar de realização.Aos 18 anos de idade voltou para sua casa. Já era um homem feito e havia crescido também em virtude.
Sua preocupação com os pobres e necessitados era grande, a ponto de se privar do necessário, quando via alguém sofrendo penúria.
SUA VOCAÇÃOGeraldo sentia que o Senhor havia escolhido para ele um outro lugar. Assim, entra em contato com os capuchinhos, mas em vão solicita ser admitido, mesmo na condição de empregado.Não é aceito, dada sua saúde precária e sua doentia aparência. Para Geraldo esse golpe foi terrível. Contudo, entrega-se à oração, pedindo a Deus que o encaminhasse para vida religiosa.Continuou seu trabalho diário para ajudar no sustento da família. Depois de pouco tempo tem seu próprio atelier, no qual sempre sobrava trabalho e também caridade para quem necessitasse. Mas tendo chegado a Muro seu amigo Luca Valpiedi, antigo condiscípulo, parte com ele para ajudá-lo em seu colégio, no cuidado das crianças. Quando tinha 22 anos, chegaram a seu povoado alguns missionários. Eram os Redentoristas, dentre eles achava-se o Irmão Onofre que contou a Geraldo como era a sua vida. Mas percebendo que o jovem estava entusiasmado, mudou de assunto, dizendo-lhe que ele não resistiria àquele tipo de vida.
Pouco tempo depois voltaram os missionários. Entre eles estava o Padre Paulo Cáfaro, que depois de muito vaivém e oposições lhe permite que o acompanhe ao convento.
IRMÃO COADJUTORNo dia 17 de maio de 1749, Geraldo partia radiante de alegria para a casa de noviciado de Deliceto. Em novembro desse mesmo ano, vestia a batina redentorista e começava sua interiorização na vida religiosa. O Padre Cáfaro seria o seu mestre de noviciado, e também seu diretor espiritual. E sendo esse sacerdote tão severo, contudo, teve de se esforçar por moderar para que Geraldo não se consumisse pelas penitências...
Desde o começo, passou a ser na comunidade um modelo de abnegação e serviço. Trabalhador como só ele; muito dedicado à oração, exemplo de virtudes, tudo isso fez com que ganhasse logo a simpatia e estima de seus confrades. No dia 16 de julho de 1752 fez sua profissão religiosa.
VIDA RELIGIOSAJá religioso, sua vida desenvolvia-se no cuidado constante de seus deveres comunitários, de um modo especial, prestando serviços a seus irmãos, e na preocupação pelo seguimento de Cristo missionário, anunciando aos pobres a palavra divina.
Sua vida era a concretização das Regras. O respeito por seus coirmãos e em particular pelos superiores (nos quais encarnava a vontade de Deus) atingia os limites de heroicidade. Pensemos como soube calar-se diante de Santo Afonso quando foi caluniado...
SEU ZELO APOSTÓLICOSua vida missionária era encarnada, vibrava com todo o povo. Os sofrimentos do próximo fazia-os seus. Foi o irmão dos pobres, tanto em Caposele como nas outras casas nas quais morou. Visitava-os, protegia-os, curava-os, dava-lhes de comer, vestia-os etc.Ao lado da assistência física, punha sempre a assistência espiritual. A catequese como preparação aos sacramentos ele assumia com carinho e dedicação.Sua humildade granjeou-lhe a simpatia de leigos e religiosos, de sacerdotes e bispos que encontraram nele o mais douto conselheiro.
Seu amor à igreja era imenso. Dele se desprendia a preocupação pelas vocações. Os conventos de sua época receberam inúmeras religiosas enviadas pelo santo. Do mesmo modo soube conduzir os jovens ao sacerdócio diocesano e regular. Sua vida foi uma entrega total pela redenção.
SEUS ÚLTIMOS DIASGeraldo tinha exigido de seu corpo mais do que ele podia dar. Sua saúde estava destruída. A anemia consumia-o e seus pulmões já não trabalhavam como deviam. Contudo, continuou esforçando-se em servir os outros e em enfraquecer sua pessoa.No dia 16 de outubro de 1755, com apenas 29 anos de idade, e somente 7 na Congregação, entregou a Deus seu espírito.Seus funerais foram grandiosos e soleníssimos. De Caposele e de todos os povoados vizinhos, a multidão acorreu atropelando-se para despedir-se do santo e solicitar graça por sua intercessão.E como em vida realizou tantos prodígios, maiores foram os pós morte. Daí a justa piedade popular que por ele sente a Itália, e, outros povos.

A CAMINHO DOS ALTARESEmbora a fé no santo fosse muito grande, contudo, somente em abril de 1839 foi aberto em Muro o processo recolhendo os testemunhos daqueles que o haviam conhecido e daqueles que tinham recebido alguma graça por meio dele.Em 1847, Sua Santidade Pio IX concedeu-lhe o título de Venerável e em 1893 o Papa Leão XIII o declarou Beato.Finalmente, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X canonizou Geraldo Majela em meio a uma magnífica cerimônia, como é de costume em tais ocasiões.
Os biógrafos de São Geraldo pouco se preocuparam em nos mostrar seus traços humanos. A representação que dele temos no-lo mostram como religioso redentorista e nela sua figura é a de um asceta, comumente acompanhada de um crucifixo e de uma caveira.

São Geraldo Majela, rogai por nós!

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